quinta-feira, 12 de junho de 2008

Continuação do 1º conto e mais esboços

Enquanto a primeira edição vai extrapolando o tempo previsto de produção, vamos adiantando mais algumas coisas. Seguem a continuação do conto, que estará na íntegra na primeira edição da Contos Extraordinários e mais alguns esboços.

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A porta se abre num estrondo. A tranca se quebra na hora, e a madeira se espatifa na parede do lado de dentro. O primeiro tiro vai para o homem sentado no sofá próximo à TV. Um tiro de escopeta no peito faz um belo estrago. Ao seu lado, uma mulher de cabelos negros e curtos é alvo de uma saraivada de tiros de pistola. Dois segundos. Caso encerrado.

- Alberto, vai lá dentro ver se tem mais alguém na casa - diz Luis apontando para um corredor à esquerda que leva aos quartos e banheiro.

Na sala, apenas uma mesa no centro e dois sofás de dois lugares em frente à uma TV pequena em cima de um armarinho descascado. Santiago e Luis aproximam-se dos dois para verificar o estrago que causaram. Mortos, sem dúvida.

- Cacete! - diz Santiago, pulando para trás enquanto se aproxima do homem morto pela lateral do sofá.

- Que foi? - diz Luis, levantando a pistola.

- Olha aqui atrás do sofá.

Luis dá a volta e abaixa arma, boquiaberto.

- Puta que pariu...

- Nada lá dentro - diz Alberto, voltando pelo corredor.

- Cala essa boca e vem aqui - diz Luis.

- Que que tem aí? - diz ele se aproximando.

A sua reação não é diferente da dos companheiros.

No chão, um moleque de não mais que cinco anos, segurando um bonequinho de dinossauro. À sua frente, alguns carrinhos de metal e homenzinhos de plástico. Ele olha para os homens visivelmente confuso, mas sério, com os olhos arregalados pelo susto e pelos disparos barulhentos das armas.

- Mata ele - diz Luis, cutucando Santiago com o braço.

- Eu não, mata você.

- Alberto, você então. Acaba logo com isso.

- Porra. Nem a pau. Eu não sou assassino de criança - diz ele, guardando a arma na cintura - Por que você não faz, Luis?

O menino apenas encara os olhos dos três, de acordo com quem fala. Luis mira a pistola na cabeça dele. Fica assim por uns cinco segundos.

O moleque desata a chorar. Embora seja pequeno sabe o que é aquilo que o homem aponta em sua direção. Ele já viu filmes suficientes para entender o que é uma arma.

- Mamãe! - grita o moleque, desorientado, pela mãe, mas não se move. Apenas leva as mãos aos olhos para limpar as lágrimas.

- Porra! - diz Luis, tirando a criança da mira.

Santiago tira a touca.

- Olha, a gente mata todo mundo que vacila com o chefe, mas o que essa criança fez? Não dá pra fazer isso.

- Puta merda, seu idiota. Porque você tirou a porra da touca da cabeça? - diz Luis.

- Que diferença faz? O que esse moleque pode fazer? - diz Santiago, olhando a criança, que a essa altura já está soluçando, mas não desgruda os olhos de seu rosto.

- Ah merda - diz Luis - bom, então vamos embora dessa joça. Algum vizinho já deve ter avisado a polícia. Bora. Põe a porra da touca, Santiago.

Eles saem correndo e entram no carro. A rua continua deserta, a não ser por algumas cabeças em algumas das janelas das outras casas, que se escondem assim que os avistam. Eles se vão, cantando os pneus.

Dentro da casa o moleque se levanta e começa a caminhar na direção da mãe.

- Mamãe?

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Esses personagens acima vocês ainda vão conhecer...



...quanto a esses três aqui, vocês já conhecem: Alberto, Santiago e Luis (acredito que a versão definitiva deles).


E aí, o que acharam?


Em breve, a capa da primeira edição!

4 comentários:

Tito disse...

Ow ta ficando doido demais Xuxão
Hahua caralho,que merda o guri heim
Aguardando a proxima parte!
Abraçao

Anônimo disse...

eu gostei do gordão da perna fina! ehhhahahaha

Anônimo disse...

ushauhsahushasa
gostei do gordão tbm!
achu que o menino vai buscar vingança depois de adulto!
:D

Anônimo disse...

Top d+ xuxo...

to na espera pelo volume 1 em papela cara... no papel eh melhor ainda.. vc sabe disso huiahauia

tá ótimo fioti