quinta-feira, 5 de março de 2009

Making Of

Ao longo dos meses, coletamos algumas fotos e scans que mostram um pouco do "behind the scenes" do que produzimos. Este post será um apanhado geral do nosso material visual extra (e contém algumas imagens já postadas antes). Infelizmente, o destaque ficou quase que inteiramente para o começo e o final do projeto. O meio ficou praticamente de lado por dois motivos: continuamos emulando basicamente a fórmula inicial, e Alex, o desenhista no período, estava morando em outra cidade, o que dificultou o acompanhamento direto de seu trabalho e consequente documentação em off.

Enfim, vamos lá, servirei de guia (clique nas imagens para ampliá-las):

-Nascimento-


Foi aqui que nasceu a revista, praticamente; onde todas as histórias foram escritas. Perceba o copo de tereré no canto inferior direito; algo imprescindível em todo o processo.


Estas folhas foram feitas logo após a delineação das histórias; são os pontos de interconexão, sempre ao alcance para não correr o risco de esquecer algum.


Afixados na parede (e janela). Infelizmente, tive que retirá-los pouco tempo depois, para preservar a obra, porque vários leitores que frequentavam minha casa não conseguiam segurar a curiosidade e corriam para ler as anotações. Porra, assim as coisas perdem a graça.


Abaixo, sobre a mesa, outra folha com anotações que me ajudaram muito: a linha cronológica das histórias. No papel amarelo pequeno, grampeado, tem até mesmo a hora e o minuto de algumas ações de certos personagens em certas histórias.


Depois, com tudo planejado, na casa do Mauro, esse seria o primeiro esboço (já arte-finalizado) para a primeira história: Alberto, Santiago e Luis. Mas acabamos usando outro desenho.


Esboço para capa da primeira edição.


Esboço arte-finalizado para capa da primeira edição. Também acabamos usando outro desenho.


Aqui vemos um pedaço da mesa de desenho do Mauro. Pode-se facilmente perceber que a arte foi embalada por muitos tragos de cigarro. O que não se pode perceber é a outra metade do combustível: cerveja (média de cinco latinhas por desenho).


-Primeira edição-

Depois de diagramada e impressa, xerocamos 300 cópias do primeiro número (que já esgotaram há um bom tempo). O trabalho duro estava para começar.


As folhas prontas para serem manuseadas.


Depois de ordenadas corretamente e dobradas.


Grampeando.


Dobrando os grampos (não consegui achar a desgraça do grampeador comprido, e acabei me acostumando a fazer dessa forma. No fim das contas, até achei melhor assim, embora fosse mais trabalhoso).


Grampeadas.


Pronta para ser embalada.


A primeira de muitas...


... ou as primeiras de muitas.


Depois de prontas as edições, precisávamos de um expositor BEM econômico. Assim, chegamos ao primeiro modelo da nossa caixinha.


Ela pronta.


A versão final e melhorada.


-Materiais-

Depois de penar bastante com xerox e impressões mal-feitas por terceiros, uma pancada de desventuras com impressoras, tintas e toners, finalmente consegui montar em casa um pequeno estúdio, que atendesse a demanda das revistas. Ficou muito melhor, porque além de produzir quanto quisesse, na hora que quisesse, consegui maior controle sobre o resultado final (de fato, gastei muita tinta imprimindo testes). Na época da quinta edição, já tinha adquirido tudo, mas pra variar, tive novos problemas. Só a partir da sexta edição é que todo esse material entrou em pleno uso.


A grande garota. A impressora que me poupou tanta dor de cabeça, com um adorável bulk ink acoplado (que foi o que de fato motivou-me a comprá-la, pois diminuiria os custos de impressão de uma forma muito favorável).


Cartuchos e tintas para recarga. O motivo de eu ter as mãos pintadas em certas épocas. Ossos do ofício.


Seladora, guilhotina e plástico. Gostou das revistas alinhadas (a partir da 4ª edição) e sempre embaladinhas, impedindo que você ou qualquer um pudesse molhar ou sujar? Agradeça esses três acima.


Por último, as pequenas ferramentas de manufatura: extrator de grampos, grampeador, grampos, molha-dedo, borracha de base para grampear, agulha para perfurar os sacos fechados e liberar o ar preso e papel.


-Última edição-

Até o fim seguimos o mesmo processo. A seguir você vê a primeira tiragem do último número, pronta para venda:


Aqui...


... e aqui.


-Menções honrosas e aparições-

Tivemos destaque em algumas publicações (e blogs), mas só temos registros de algumas dessas ocasiões. Também montamos bancas de venda em certos eventos, mas desses não temos documentação nenhuma, apenas o material que utilizamos na última. Confira:


Matéria no caderno de cultura Folha3, do jornal Folha do Estado.


Na revista RDM...


...e em destaque.


Na falecida revista Espectador...


... e em destaque.


Uma das vezes em que tivemos destaque na coluna Inclusão Literária, de Clóvis Matos, publicada semanalmente no jornal CircuitoMatoGrosso.


Este foi o último evento em que montamos banca.


Nesta vez, Alex Leite foi junto, atendendo ao pedido dos organizadores para levar um desenhista que fizesse caricaturas dos interessados (o que acabou sendo um sucesso). Confira na parte em destaque do panfleto a menção à nossa presença.


Estes foram os cartazes, feitos de última hora, que levamos para exposição.

-Otras cositas más-


Esta foi a comanda que usei para controlar os produtos nos pontos de venda. A cada nova edição, imprimia uma nova e atualizava-a. Foi uma mão na roda.


Este foi o lugar em que tudo começou, o mencionado (no post anterior) estabelecimento de Mauro Thompson (que está contratando decorador urgente!).


O orgulho do papai: a coleção completa, pendurada na parede.


Por fim, alguns desenhos SD de personagens da revista, por Alex Leite. No próximo post colocarei-os em destaque.

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Encerro por aqui este extenso post de making of. Mas não acabou: além dos desenhos citados, disponibilizarei ainda uma ou outra coisa, como caricaturas de nós, os criadores (porque nunca ficamos bem na foto) e uma ou outra enquete para você opinar sobre o projeto.

Aguarde!

Um comentário:

Anônimo disse...

Olhando assim, parece que não demorou naada, né? hehehe
Foi bom ver que as histórias renderam publicações em revistas da cidade, mostra o reconhecimento que ela está tendo.

Que a contos voe mais longe!

Beijos